Ao longo de abril, as formandas do Curso Animador/a Sociocultural da Escola Profissional de Vila do Conde (EPVC) aprofundaram a história e os significados da tradição das Maias, através da investigação e entrevistas realizadas a residentes locais. No passado dia 30 de abril, efetuaram uma saída de campo para colher giesta-das-vassouras, fundamental para a confeção das Maias. As estudantes criaram vassouras e prepararam ramos floridos, que foram distribuídos pela comunidade escolar e afixados nas portas, perpetuando o costume. Na exposição organizada na escola, podem ser apreciadas composições com impressão floral, elaboradas com ramos de giesta. A culminação do projeto será a apresentação pública de um documentário com registos do trabalho e depoimentos de membros da comunidade que mantêm viva a tradição das Maias. O projeto procura manter viva esta prática cultural, valorizar o conhecimento tradicional sobre plantas, proporcionar experiência prática em desenvolvimento de projetos e fortalecer o sentimento de pertença e a história local. A tradição das Maias, ancestral e ligada à cultura popular do Norte de Portugal, envolve a decoração de portas com giesta amarela no final de abril para afastar o mau-olhado, “manter o burro do lado de fora” e celebrar a primavera. As origens podem estar em cultos pagãos de fertilidade, na crença em amuletos protetores ou em ritos de passagem da estação. A giesta, conhecida cientificamente como Cytisus Scoparius, é uma planta nativa importante, utilizada tradicionalmente para fazer vassouras, proteger animais e em rituais, simbolizando proteção e a chegada da primavera.
EPVC explora tradições culturais com o ritual das Maias
